Em 1970, na época dos anos de chumbo e do dito "milagre
econômico", o Brasil vibra com a Seleção Brasileira de Futebol na Copa
do Mundo sediada no México. Enquanto isso, prisioneiros políticos são
torturados por agentes da repressão oficial e inocentes também acabam
sendo vítimas dessa violência.
Jofre Godoi da Fonseca é um
pacato trabalhador de classe média, casado com Marta, com quem tem dois
filhos. Miguel, seu irmão, goza dos mesmos privilégios que ele, apesar
de amar Mariana, uma guerrilheira de esquerda. Quando Jofre divide um
táxi com um militante de esquerda, é tido como "subversivo" pelos órgãos
de repressão. É preso e submetido a inúmeras sessões de tortura.
Miguel
e Marta tentam encontrá-lo através dos meios legais, mas se deparam com
a relutância da polícia em investigar o desaparecimento. Com o telefone
grampeado, Miguel recebe Mariana em casa, ferida após um fracassado
assalto a banco. É quando ele fica sabendo da atuação de um grupo de
repressão política patrocinado por empresários.
Enquanto isso,
Jofre consegue fugir de seu cativeiro, mas é alcançado pela Veraneio de
seus algozes, que assistiam à cena escondidos. Barreto, o chefe dos
torturadores sai do veículo e vai pessoalmente verificar o estrago que
seus homens haviam feito em Jofre. Cumprido o dever, retornam ao
cativeiro onde, por conta das torturas sofridas, o inocente acaba
morrendo ao som dos gols do jogo Brasil versus Itália e da marchinha do
tricampeonato, "Pra frente, Brasil".